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Carga Tributária no Brasil: Alta taxa e baixo retorno em serviços

A discussão sobre a carga tributária no Brasil sob a análise do jornalista Eduardo Oinegue, que destaca um problema central: a alta taxa de tributação aliada a um baixo padrão de serviços públicos. Segundo Oinegue, apenas três dos países mais ricos do mundo possuem uma carga tributária superior à brasileira, que hoje se aproxima dos 35% do PIB. No entanto, diferentemente de nações como a Dinamarca, onde a carga chega a 50% do PIB, o Brasil não entrega à população serviços públicos de qualidade equivalente.

O problema, segundo a análise, remonta à Constituição de 1988, que instituiu um modelo de Estado de bem-estar social para um país que ainda não possuía estrutura econômica suficiente para sustentá-lo. O resultado foi a formação de uma máquina pública inchada e ineficiente, consumindo uma parte significativa dos recursos arrecadados sem a devida contrapartida para os cidadãos.

Para reduzir a carga tributária sem comprometer os serviços essenciais, seria necessário um crescimento expressivo do PIB. Segundo Oinegue, para que o Brasil alcançasse um padrão tributário semelhante ao dos Estados Unidos, onde os impostos representam cerca de 25% do PIB, seria necessário um crescimento de 35%. Se a meta fosse atingir a média dos países emergentes, o aumento teria que ser de 75%. No entanto, tais cenários estão fora das projeções econômicas atuais, tornando improvável uma mudança significativa no curto prazo.

A solução passa por reformas estruturais que tornem o Estado mais eficiente, reduzindo desperdícios e melhorando a qualidade dos serviços públicos sem necessariamente aumentar a carga tributária. O desafio é grande, mas essencial para garantir um sistema mais justo e eficiente para os brasileiros.

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