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Superávit da balança comercial brasileira recua em abril sob impacto das tarifas dos EUA

Recuperação econômica enfrenta desafios externos. O superávit da balança comercial do Brasil caiu 3,3% em abril, totalizando US$ 8,153 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A queda ocorre em meio à aplicação de novas tarifas por parte dos Estados Unidos e a mudanças nos preços internacionais de commodities.

  • Volume de exportações e importações bate recorde mensal, mas saldo encolhe: Apesar do resultado positivo, o superávit representa uma forte redução em relação ao mesmo período de 2024 e o menor saldo para abril desde 2023. O desempenho é influenciado pelo aumento das importações e pela queda no valor de exportações de soja e minério de ferro, dois dos principais produtos brasileiros. link de acesso.
  • Tarifaço dos Estados Unidos afeta setor industrial: As tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio brasileiro reduziram as exportações desses produtos em 23,2% e 73% respectivamente. Especialistas apontam que as medidas “provavelmente” inibiram o comércio, mas as exportações para os EUA cresceram 21,9%, indicando uma possível antecipação dos compradores americanos. Link de acesso.
  • China diminui compras e pressiona balança comercial: As exportações do Brasil para a China, maior parceiro comercial, caíram 6,7% em abril, enquanto as importações de produtos chineses cresceram quase 8%. O acirramento da guerra comercial entre China e Estados Unidos impacta o preço e o volume de negócios do agronegócio brasileiro. Link de acesso.
  • Indústria de transformação mostra desempenho positivo: As vendas externas da indústria de transformação subiram 2,4% em abril, com destaque para veículos e carne bovina. O setor ajuda a compensar parte das perdas na agropecuária e na indústria extrativa. Link de acesso.

O superávit menor da balança brasileira evidencia como o cenário global, marcado por tarifas dos Estados Unidos e disputa por mercados com a China, desafia a economia nacional. A recuperação do setor industrial e o avanço das importações mostram resiliência, mas pressionam o saldo positivo. O Brasil segue atento às decisões de comércio internacional e aos reflexos para as exportações e o equilíbrio das contas externas.

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