Alexandr nega passaporte e Michelle vai representar Bolsonaro na posse de Trump
Ex-primeira-dama irá viajar aos EUA no lugar do ex-presidente, que não teve o passaporte devolvido por Alexandre de Moraes
Em entrevista ao Faroeste à Brasileira desta quinta-feira, 16, o ex-presidente Jair Bolsonaro revelou com exclusividade que sua mulher, Michelle Bolsonaro, o representará na posse do presidente norte-americano Donald Trump.
Bolsonaro disse que Michelle também foi convidada para a cerimônia “e vai fazer sua parte”. “Ela vai ter um tratamento bastante especial lá, pela consideração que o presidente Trump tem para comigo”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro disse ter construído relações de amizade com Trump ao longo de dois anos e que o norte-americano manteve seu apoio a ele, mesmo depois de sair da Presidência. “É comum, quando você está no poder, ter seus amigos, mas quando deixa o poder, 90% vai embora”, reflete. “Com Trump isso não aconteceu.”
Bolsonaro ainda comparou os atentados sofridos por Trump com a facada desferida em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018. “Tudo o que ele sofreu lá, eu venho sofrendo aqui”, disse o ex-presidente. “Até as similitudes do tiro, que pegou na orelha dele, e a facada que levei no estômago.”
Sobre o caso, o ex-presidente disse que o esfaqueador, Adélio Bispo, foi protegido pela Polícia Federal. “Enquanto uma parte salvou minha vida, em Juiz de Fora, no rápido deslocamento ao hospital, uma parte, agora, da Polícia Federal do PT, protegeu o Adélio Bispo.”
Bolsonaro recorda que, dois meses antes da facada, Adélio viajou a Santa Catarina na mesma data em que estava prevista uma visita de Carlos Bolsonaro ao local. “Alguém passou essa informação privilegiada para ele e deu dinheiro a ele para ir a Santa Catarina, pois era um elemento desempregado.”
Bolsonaro compara a facada com o Caso Celso Daniel
O ex-presidente comparou o caso com o assassinato de Celso Daniel, em 2002. “Na pensão onde ele ficou em Juiz de Fora, a dona da pensão e mais uma pessoa já morreram”, disse Bolsonaro.
Para ele, Adélio cumpriu ordens de alguém e que foi pago para assassiná-lo. “Celso Daniel tinha dossiês que, se fossem tornados públicos, iria por terra a eleição do Lula em 2002”, disse. “Dada a situação como o corpo de Celso Daniel foi encontrado, ele foi torturado para dizer com quem estavam os dossiês.”
Bolsonaro recorda que três advogados de “certo renome” pousaram em Juiz de Fora horas depois do atentado. “Nós não conseguimos quebrar o sigilo telefônico do Adélio, vou nem falar dos advogados”, conta o ex-presidente. “No meu caso, o meu advogado, o Frederick [Wassef], teve seu sigilo quebrado.”
Bolsonaro ainda recorda que uma pessoa de nome Adélio Bispo teria tentado entrar na Câmara dos Deputados no mesmo dia e horário do atentado, mas as imagens de segurança não foram disponibilizadas.
O ex-presidente criticou o delegado Rodrigo Fernandes, responsável pelo inquérito. “Tão logo Lula assumiu, ele foi ser diretor de inteligência da Polícia Federal”, aponta. “Segundo a própria mídia disse, ao longo desses anos, a missão única dele na diretoria era perseguir Jair Messias Bolsonaro.”
Fonte: revistaoeste.com