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Elon Musk descarta interesse em TikTok

O bilionário Elon Musk afirmou que não tem interesse em comprar o TikTok, o aplicativo de vídeos curtos que os Estados Unidos tentaram banir alegando preocupações com a segurança nacional envolvendo a Bytedance, proprietária do app.

“Eu não fiz uma oferta pelo TikTok”, disse Musk, que participou do evento de forma remota, por vídeo. “E não tenho planos sobre o que faria se tivesse o TikTok.”

Musk também declarou que não usa o TikTok pessoalmente. “Não estou correndo atrás para adquirir o TikTok”, disse Musk, que comprou o Twitter em 2022 antes de renomeá-lo como X. “Normalmente, eu crio empresas do zero”, acrescentou.

Em janeiro, a Bloomberg informou que autoridades chinesas estavam avaliando a possibilidade de permitir que Musk, a pessoa mais rica do mundo e aliado próximo do ex-presidente Donald Trump, adquirisse as operações do TikTok nos EUA caso a empresa não conseguisse evitar uma proibição. Segundo fontes próximas ao assunto, uma das hipóteses em discussão seria a X assumir o controle do TikTok nos EUA e administrar o negócio conjuntamente.

No primeiro dia de seu novo mandato, Trump assinou uma ordem executiva que suspendeu temporariamente uma venda forçada ou o fechamento do TikTok, concedendo mais tempo para que a empresa e sua controladora chinesa chegassem a um acordo. A decisão foi anunciada horas após sua posse, que contou com a presença do CEO da Bytedance, Shou Chew.

A medida foi a mais recente reviravolta nos esforços de Washington, que há anos tenta banir o aplicativo por motivos de segurança. Durante seu primeiro mandato, Trump defendeu a proibição do TikTok, mas mudou de posição depois que a plataforma o ajudou a conquistar eleitores mais jovens. “Nós vencemos o voto jovem. Acho que conquistei isso por meio do TikTok, então tenho um carinho especial pelo TikTok”, afirmou.

Musk, assim como Trump, também pode mudar de ideia. Trump já declarou que estaria aberto à possibilidade de Musk — que doou mais de US$ 250 milhões para sua campanha presidencial — ou Larry Ellison, presidente da Oracle, comprarem o aplicativo como parte de uma joint venture (parceria) com o governo dos EUA. Nesta semana, Trump também assinou uma ordem executiva separada para criar um fundo soberano dos EUA, que poderia ser usado para viabilizar a venda do TikTok.

A Bytedance já declarou publicamente que não pretende vender o TikTok, embora potenciais compradores esperem que uma decisão da Suprema Corte dos EUA, favorável a uma lei de segurança nacional que obrigue a empresa a vender ou encerrar suas operações no país, possa levá-la a reconsiderar. A decisão, no entanto, pode não caber apenas à Bytedance — o governo chinês também precisaria aprovar qualquer transação.

Fonte: oglobo.com

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