Lula e Xi buscam alinhar América Latina contra Trump e ampliam presença chinesa no Brasil
Alinhamento estratégico redefine relações comerciais. O encontro entre Lula e Xi Jinping em Pequim destaca a tentativa de unir a América Latina em oposição ao protecionismo de Trump e reforçar a cooperação com a China, em uma clara resposta à pressão dos Estados Unidos na região.
- Líderes conclamam unidade latino-americana: Brasil e China lideraram o Fórum Celac-China, defendendo o multilateralismo e o fim das guerras tarifárias promovidas pelos EUA. Houve resistência de alguns países a críticas diretas aos americanos, mas o evento destacou a busca estratégica de independência frente a Washington. link de acesso.
- Assinatura de acordos bilaterais e oferta chinesa de investimentos: Foram firmados mais de 20 pactos em áreas como tecnologia, energia renovável e infraestrutura. A China prometeu ampliar em US$ 27 bilhões os investimentos no Brasil, reforçando o papel chinês como parceiro econômico central brasileiro. link de acesso.
- Dependência crescente do Brasil em relação à China: Nos últimos anos, a China se tornou o principal destino das exportações brasileiras, sendo responsável por quase um terço dos embarques do país. Especialistas alertam para riscos econômicos atrelados a essa concentração e à vulnerabilidade frente a crises chinesas. link de acesso.
- Porto chinês no Peru pode transformar logística regional: Com inauguração prevista para 2025, o Porto de Chancay abre ao Brasil um novo acesso ao Pacífico, encurtando o caminho para o mercado asiático e aumentando a presença chinesa estratégica na América do Sul, o que preocupa os EUA. link de acesso.
O alinhamento entre Brasil, China e países da América Latina representa uma mudança significativa no eixo de influência regional, afastando-se dos EUA e priorizando laços estratégicos com a potência asiática. Os acordos e investimentos bilionários reforçam a centralidade da China na economia brasileira e ampliam a integração de infraestrutura e logística no continente. Resta ao Brasil equilibrar os benefícios do novo cenário com a gestão cuidadosa dos riscos de dependência comercial e política.